domingo, 15 de novembro de 2009

Atividade 2



Você acredita que a situação narrada abaixo reflete uma despolitização da população ou o oportunismo de empresários que procuram diversificar suas fontes de rendimento? Você acredita que ainda vale a pena lutar por nossos objetivos e por aquilo pelo qual acreditamos ou seria inútil se manifestar, pois tudo está fora do nosso alcance? A juventude hoje, luta por seus ideais ou assiste apática tudo o que acontece ao seu redor, sem fazer absolutamente nada?

Com base no texto, escreva um texto crítico analisando a participação dos jovens no atual contexto político e social.

A atividade deverá ser postada até o dia 22 de novembro.

Como parte da avaliação, você deve fazer um comentário crítico no Blog de pelo menos dois colegas sobre as atividades deles. Indique no seu Blog os dois Blogs em que postou comentário.

BOM TRABALHO!!!!

Site alemão oferece “manifestantes de aluguel”

Promotores de causas perdidas ou simplesmente movimentos políticos sem apoio suficiente na Alemanha podem a partir de agora alugar seus próprios manifestantes.
Desde dançarinas de strip-tease até exuberantes Ferraris figuram na relação do “enerento.com”, um site alemão especializado em alugar qualquer coisa inimaginável. Mas, a partir deste ano, a empresa começou a oferecer “manifestantes profissionais”, homens e mulheres, geralmente estudantes, desocupados e aposentados, que por um pagamento especial se transformam em defensores de qualquer causa que se possa imaginar.
“Abrimos o serviço devido à crescente demanda”, dizem os responsáveis pelo Erento, Chris Möller e Uwe Kampschulte. “Em geral, não sabemos o que os manifestantes contratados acabam fazendo, mas naturalmente rechaçamos qualquer forma de agressividade ou extremismo de direita”, afirmam. (...)
Um manifestante não sai barato. Cada um custa em torno de US$ 150 por dia. Alguns manifestantes, porém, cobram honorários reduzidos por causas que os interessam. A empresa fica com 4,9% dos honorários de cada pessoas contratada. Criar uma manifestação de caráter massivo pode custar uma fortuna. Mesmo assim, a Erento afirma que apenas na primeira semana de janeiro foi consultada por cerca de 50 clientes sobre os serviços desses “mercenários de opinião”.
No final do ano, soube-se que uma manifestação em frente ao Parlamento, que reuniu cerca de 200 membros da Associação de Médicos Alemães contra uma nova lei de saúde, havia sido coberta por 150 manifestantes alugados e rapidamente disfarçados com o avental branco. Alugar manifestantes também pode trazer benefícios de imagem. Se a causa carece de apoio jovem ou de adultos, de imigrantes ou de estudantes, o cliente pode pesquisar as fotos e os perfis de cada “manifestante” na página da Erento para escolher o que mais lhe favorece. A empresa também se encarrega de alugar equipamentos como megafones, apitos, caminhões e todo o resto necessário para uma verdadeira manifestação.
A crescente despolitização da população parece fazer com que nem mesmo aqueles afetados diretamente em seus interesses reúnam forças nem ânimo suficientes para sair às ruas. Os responsáveis pela empresa garantem, no entanto, que é impossível distinguir um manifestante real de um alugado. Com uma carteira recheada, muitas iniciativas poderiam simular um apoio popular inexistente, um problema que já começa a preocupar juristas e políticos na Alemanha.


Fonte: CORREA, Sergio. Site alemão oferece “manifestantes de aluguel”. In: TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.

domingo, 25 de outubro de 2009

Atividade 1

O texto "desiguais na vida e na morte" trata de um dos fenômenos mais chocantes neste país: a banalização da vida, em especial da vida das pessoas anônimas. Por que a vida dos mais pobres é tão desvalorizadas, enquanto a dos que estão nas manchetes dos jornais e nos programas de televisão sempre é tida como importante? Será que a vida de uns vale mais do que a de outros? Se todos somos humanos, quais são os critérios para essa diferenciação? Essa diferenciação já começa na maternidade. Por que diferenciamos tanto os indivíduos pela sua classe social?

Com base no texto e na charge, escreva um texto crítico analisando essas relações de desigualdade.

A atividade será avaliada até o dia 09 de novembro.

Como parte da avaliação, você deve fazer um comentário crítico no Blog de pelo menos três colegas sobre as atividades deles. Indique no seu Blog os três Blogs em que postou comentário.
BOM TRABALHO!!!!

Charge desigualdade social


Desiguais na vida e na morte

A morte de Ayrton Senna comoveu o país. O desalento foi geral, independentemente do “big carnival” da mídia, todos perguntavam o que Senna significava para milhões de brasileiros. Por que a perda parecia tão grande? O que ia embora com ele?
Dias depois, uma mulher morreu atropelada na avenida das Américas, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Ficou estendida na estrada por duas horas. Como um “vira-lata”, disse um jornalista horrorizado com a cena! Nesse meio-tempo, os carros passaram por cima do corpo, esmagando-o de tal modo que a identificação só foi possível pelas impressões digitais. Chamava-se Rosilene de Almeida, tinha 38 anos, estava grávida e era empregada doméstica.
Efeito paroxístico do apartheid simbólico que fabricamos, pode-se dizer. De um lado, o sucesso, o dinheiro, a excelência profissional, enfim tudo o que a maioria acha que deu certo e deveria ser a cara do Brasil; do outro a desqualificação, o anonimato, a pobreza e a promessa, na barriga, de mais uma vida Severina.
O brasileiro quer ser visto como sócio do primeiro clube e não do segundo. Senna era um sonho nacional, a imagem mesma da chamada classe social “vencedora”; Rosilene era “o que só se é quando nada mais pode ser”, e que, portanto, pode deixar de existir sem fazer falta. Luto e tristeza por um; desprezo e indiferença por outro. Duas vidas brasileiras sem denominador comum, exceto a desigualdade que as separava, tanto na vida como na morte.
(...) O problema – fique bem claro! – não é discutir o incontestável mérito de Senna. O problema é saber como as pessoas que provavelmente choraram sua morte foram capazes, pouco depois, de esmagar uma mulher como quem pisa numa barata! Cada dia mais, somos levados a crer que “humano como nós” são apenas aqueles com nossos hábitos de consumo, nossos estilos paroquiais de vida, nossas características físicas, nossas preferências sexuais, etc.
(...) Já não nos identificamos como seres morais, cujos semelhantes são todos aqueles capazes de falarem e distinguirem o bem do mal. Humanos são os que ostentam os mesmos objetos que possuímos; (...)
A honra que coube a Senna era justa e legitimamente devida. Mas torná-lo um “ideal” de “identidade nacional”, como muitos pretenderam, é fazer de sua memória caricatura de nossa incompetência cívica e humana. No nível da cidadania, a excelência é outra. É saber como impedir que outras “Rosilenes” sejam trituradas como lixo no asfalto, pelos possíveis amantes de corridas de automóveis.
E esse é o “X” do problema: mostrar que qualquer vida, pobre ou rica, famosa ou anônima, deve ser respeitada como um bem em si. O mais é exploração comercial inescrupulosa da vida e da morte dos melhores e mais honrados.
Fonte: COSTA, Jurandir Freire. Desiguais na vida e na morte. Folha de S. Paulo, 22 de maio 1994.

Reflexão!!!

Viver, como talvez morrer, é recriar-se:
A vida não está aí apenas para ser suportada
nem vivida, mas elaborada.
Eventualmente reprogramada.
Conscientemente executada.
Muitas vezes, ousada.
(Lya Luft)

PALAVRAS DE ACOLHIDA

Alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Mãe de Deus, este espaço virtual foi criado para que possamos dialogar e compartilhar conhecimentos com os colegas e professores. O objetivo desta ferramenta é possibilitar uma interação contínua, com autonomia e responsabilidade. Espero que este os auxilie numa construção do conhecimento efetiva. Sejam todos(as) bem vindos(as)!!!